As novas tecnologias vão desempenhar um papel chave na recuperação econômica pós pandemia. Elas serão essenciais para evitar futuras crises, mas seu mal uso pode atrapalhar as organizações e governos a alcançar esses objetivos.
O Fórum Econômico Mundial fez um estudo para identificar as lacunas que impedem que as tecnologias funcionem em seu potencial máximo nos mais diversos âmbitos, como privacidade, mobilidade, segurança, entre outros.
Seguem os principais destaques:
1 – Falta de regulamentação: falta de preparação para as consequências da inteligência artificial e outras tecnologias.
2 – Efeito adverso da tecnologia devido ao mau uso: pessoas mal-intencionadas tem novas ferramentas para prejudicar indivíduos, empresas e governos através de ataques cibernéticos.
3 – Prestação de contas: leis para atribuição de responsabilidade de tecnologias e legislação para controle em suas utilizações.
4 – Privacidade e uso de dados: Ausência de normas compartilhadas entre governo e organizações que acabam favorecendo o uso indevido de dados para vigilância corporativa ou do estado.
5 – Acesso e uso por autoridades: falta de regras sobre a utilização das informações e suas aplicações dentro da lei.
6 – Segurança: não há incentivo do mercado para construir produtos seguros com IoT, que encorajam uma corrida para produção sem a proteção necessária.
7 – Supervisão humana: falta de clareza em relação a necessidade de envolvimento humano nos sistemas alimentados por inteligência artificial. Até que ponto é viável deixar decisões serem tomadas por sistemas autônomos?
8 – Fluxo de dados restrito: inexistência de modelos de compartilhamento de informações entre fronteiras, o que impossibilita a transmissão de informações importantes como financeiras e de saúde entre os países.
9 – Interoperabilidade e colaboração regulatória: concentração de iniciativas para acelerar o compartilhamento amplo de dados dentro de barreiras éticas em todas as frentes e necessidade de estrutura padrão de diretrizes internacionais.
10 – Blockchain: ausência da adoção do blockchain para combater a crise, visto que ele oferece auditabilidade, rastreabilidade e flexibilidade na cadeia de suprimentos. A proliferação de ativos digitais também pode ajudar facilitar pagamentos, entre outros benefícios.
A pandemia revelou limitações na capacidade de infraestrutura global para responder à crise e o FEM traçou uma série de governança inovadora e marcos regulatórios no quadrante da revolução industrial e transformação digital para enfrentar esses desafios.
O estudo permite conversas transversais entre organizações públicas e privadas para implantar essa revolução tecnológica com eficiência e responsabilidade.
